28.11.09

(01.09) Talles Walker

Minhas palavras estão jogadas pelo chão...

Ele me faz entender que devo me descontrolar e cair no choro, implorando que não machuquem meu cachorro, meu companheiro de cafézinho.
- Por favor - digo finalmente. - Vocês não machucaram Talles, machucaram? Seus olhos duros se abaixaram.
Ele balança a cabeça de um lado para o outro negativamente.
- Não.

A melhor palavra que eu já ouvi na vida. 



Olhei para o céu buscando as estrelas. 
E depois disso... não. 
Era Mefistófeles, um dos meus grandes companheiros.

Fotografia de Etinely.

Holding Your Breath

"Just Observe
Just Observe
Just Observe
What I'm doing..."


Árvores de Mostarda na Ufes.


Costas.

 O sono impede o livre fluxo das minhas palavras.
 Mas continuarei acordada Velando pelo corpo dela.
 É meu dever, eu prometi.
 Natalia não quer acordar mais.





Criança Tola, não percebeste que ninguém a quer por aqui?

Depois dessa última história que aconteceu com minha amiga na última semana, apenas digo que fique cada Macaco no seu galho.
Que isso sirva de lição para alguém algum dia 010110111.
Acabou;

Sofie Walker.

23.11.09

Há Erros de Formulário


"As grandes coisas exigem silêncio, ou que delas falemos com grandeza: 
com grandeza significa: 
com cinismo e inocência."
Nzt


"Que dirá ela? Que dirá a terrível consciência, aquele espectro no meu caminho? 

Chamberlain? Pharronida."
LLP.


21.11.09

Natalie, My Friend, Was Really Gone (Sofie)

A elegância é a arte de não se fazer notar,
Aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir.
 _________________________________
Sinto que já não posso sentir aquilo que eu sentia antes.
Eu sinto. Sinto que já se foi o tempo.
Sinto que foi em vão o tempo perdido.
Aprender com o tempo? Melhor nem ter conhecido o tempo.
-
Você tira minha atenção, sem me dar.
Para que torturar-me?
Ó tu, maligno deus desconhecido!
-
Onde estará você nesse momento infinito?
Profundo.
Fale comigo! Coração cansado...
Ou olhe; 

"I've to go to Rio de Janeiro"

After That I just Have to Wait and Wait. (Sofie)

Não busco as alegrias e as festas
nem a brilhante volúpia do sol pleno e irradiante
ou as águas borbulhantes que tanto agradam
a quem ainda está na aurora da vida.

Meu coração foi se cansando ao longo dos anos
em que pranteou os mortos e por esse motivo
não combina mais com os sons da felicidade.

Além do mais as paredes dos meu castelo
estão em ruínas e sopro dos ventos glaciais
sibilam através das ameias e janelas já desmoronadas.

Amo a sombra e a penumbra pois me permitem
ficar a sós com meus pensamentos e minha solidão.

Disse meu amigo Vladslovztck.

Bruxa Boa do Sul.

... And pluck till time and times are done
The silver apples of the moon,
The golden apples of the sun.

W.B.Yeats.
(... E colher até o fim do tempo e dos templos
Os frutos prateados da lua,
Os frutos dourados do sol.)

Imagine-se numa casa cheia de objetos jogados,
muitas coisas em desordem, sujeira, peças quebradas
e vazamentos, porém, na escuridão.
Você não conseguirá ver bem o que existe dentro dela e
poderá pensar que tudo está em ordem, sem maiores
motivos de preocupação. Se a iluminarmos gradualmente,
veremos, pouco a pouco, que a situação era pior do que
parecia à primeira vista. Muito trabalho seria necessário até
colocá-la em ordem. Assim é o nosso interior psicológico.
A análise age de maneira semelhante à da lâmpada:
Ela tem a função de iluminar a nossa consciência, de clareá-la,
para que possamos perceber melhor tudo o que nela existe.
O analista é quem facilita esse processo. É o analista.
 Analista Himmler.

17.11.09

"Antes do Amanhecer"

"Eu ficava escrevendo para você;
Nas aulas;
Até que as palavras acabaram.
E eu morri."

Eu queria que meus pés estivessem impregnados de existência;
Queria poder correr para bem longe.
Voar pela existência insana.

O doce verbo de voltar para casa.
O amargo, de não saber onde está.

16.11.09

Ian.

Sul.... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida
Na verde rama do Rancor.

- Nem tudo o que acontece é o que se espera.




 Atmosphere, Joy Division.
Acordei com Ian Curtis do meu lado.
E ficará o resto dos dias assim.

Eu vou contigo.

Eu quero um copo de água gelada com água gelada, por favor.

"O que está acontecendo?"
"Você nem sabe o que está falando."
Dida estava sentada do meu lado durante a viajem no trem.
Olhou para mim e perguntou:
- M, foi ou será?
- É.- respondi distantemente com brilho nos olhos.

Ainda até o aeroporto; voltarei para casa.

...E eles continuaram caminhando sob as pedras do rio.
Acaso me perguntaram se consigo pular;
Decidi me Jogar.

Jogar-me-ei,
Jogando-me conseguirei partir para longe daqui.

Ela se perdeu a little bit nessa história toda de caneta e mais caneta.
Vagou pelo novo mundo, procurou entendê-lo e ele a sugou;
Quantas doses de Sofie terei de recaucular?
Quantas daquelas fábricas voltarão a produzir biscoitos como antes?
Ela foi e voltou e provocou vomitos diante de minhas perspectivas cadavéricas.
Nesse canto ela conseguia voar:
- "Não é tão adequado fechar os olhos para subir; você desce."
E voltou a estaca Zero.
Ela sabe que não conseguirá subir com os sonhos soltos pelo ar.
- "Melhor seguir sem cartas na mesa."

14.11.09

Bailarina n°02

"Escrevo agora voltando de Nappie Ville de trem.
Todos eles fizeram um ótimo trabalho de 'segregação'; as três bailarinas colheram morangos para levar para casa e tomar com chá de hortelã.
Enquanto isso eu e a N. preparávamos o chão circular para nós cinco.

Girávamos, girávamos e girávamos.

- Onde está meu par de luvas?
- Estava perto da lareira.- Uma voz me responde.

Quando volto para procurar vejo uma das bailarinas, e com ela, teus olhos.
Que estavam em transe."



Texto e Fotografia de Sofie.

13.11.09

Discurso Albino

Era madrugada de Domingo, e eu chegava em casa tentando acertar meus movimentos e

Pá!

Acordei no dia seguinte com a felina albina dormindo no meu travesseiro: Duas asmáticas tentando dormir no conforto.
- Acorda guria!- Ricardo tentou me acordar para conversar e sentou ao lado da minha cama.
- Sugiro que a partir da próxima semana a senhorita procures tua nova vida, certo?- Começou ele e o discurso singelo matinal.
- Tu vais começar, porra? Eu não saio daqui, aqui é minha vida.
- Pega isso chê, teus quinhentos mangos...
- Barbaridade, farei uma festa!
- ... e tua passagem de avião para Vitória.


Liiv, companheira de tráfegos aéreos.

Texto de Sofie, Fotografia de Walker.

10.11.09

Voltam as nuvens.

"Devo francamente acrescentar
que eu não era insensível
à tua boa opnião."

Para Sofie, o conhaque era um efeito supérfulo:


                                                                       (NWMN)           

Liiv, our Queen.

Depois elas foram colher os biscoitinhos das árvores.

Só que não conseguiram voltar pra casa naquele dia.

9.11.09

Understanding

Escutamos ora pois,
se te falo não é necessário.
Parabéns à qualidade de serviço,
acontece que o Outono passou.

7.11.09

Vômitos à Parte. Desfaço.

Resultado daquela bagatela maldita. Eles todos falaram, e falaram sem perceber o que estavam falando. Não quero ser descuidada, mas a incompreensão é tão importante quanto uma boa noite de sono- Imposssível, eu sei, mas vale ao menos deixar claro para Sofie.

Voltando
Eles estavam lá antes
Ela poderia cobrar
190
Tenho meu quarto
PrivaCidade

Não custa nada respeitar
Portal não era na Ufes
Trefilado

Olha! O caderno de desenho dele
A galera falou e falou de cogumelo, mas ninguém avisou de ter colhido. Matias- Capitão Presença.
Correio. Oi? Beleza? Como você a imagina?

Lá em casa, soltos. Diferenças gritantes: "Aaaaaaaaaaaaaaaah"
Embaixo do som encontrei a caixa quadrada. Tela de serigrafia.
Podes continuar ai, que terás teu sucesso sequelado. Consumi(dor).

Abservendo os rótulos que eles impõem, outra forma de ver é uma delas que você consegue. Esse tipo, de atitude... essas pequenas atitudes. Ele pede Fumaça.

Os caras levaram: "Brother, eu coloquei no bolso". Não tive como apressar, oh câmeras de seguranças, não te sabes como usar?
- Sim, formigas atentas na oficina.
"Imensão Cinérea"- Oficina Jardineira.
Ah! A Bruxa chegou!

Avisei aquilo que era para ser avisado. Foram as palavras mais estúpidas e significantes da vida de Sofie, e não é exagero. Eu entendi aquele quebra-cabeças de semanas e semanas.

Louco daquele que não quis subir o monte com Zarathustra.



Fotografia de Sofie Walker

3.11.09

Após andar quilômetros até chegar aqui



The Raven
Edgar Allan Poe

 

Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
"'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door-
      Only this, and nothing more."

Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow;- vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow- sorrow for the lost Lenore-
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore-
      Nameless here for evermore. 

And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me- filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating,
"'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door-
Some late visitor entreating entrance at my chamber door;-
      This it is, and nothing more."

Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
"Sir," said I, "or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you"- here I opened wide the door;-
      Darkness there, and nothing more. 

Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortals ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, "Lenore!"
This I whispered, and an echo murmured back the word, "Lenore!"-
      Merely this, and nothing more.

Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
"Surely," said I, "surely that is something at my window lattice:
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore-
Let my heart be still a moment and this mystery explore;-
      'Tis the wind and nothing more." 

Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately raven of the saintly days of yore;
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door-
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door-
     Perched, and sat, and nothing more.


Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore.
"Though thy crest be shorn and shaven, thou," I said, "art sure no craven,
Ghastly grim and ancient raven wandering from the Nightly shore-
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore!"
     Quoth the Raven, "Nevermore."

Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning- little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blest with seeing bird above his chamber door-
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,
     With such name as "Nevermore."

But the raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing further then he uttered- not a feather then he fluttered-
Till I scarcely more than muttered, "other friends have flown before-
On the morrow he will leave me, as my hopes have flown before."
     Then the bird said, "Nevermore." 

Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
"Doubtless," said I, "what it utters is its only stock and store,
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore-
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
     Of 'Never- nevermore'." 

But the Raven still beguiling all my fancy into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird, and bust and door;
Then upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore-
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt and ominous bird of yore
     Meant in croaking "Nevermore."

This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom's core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamplight gloated o'er,
But whose velvet violet lining with the lamplight gloating o'er,
     She shall press, ah, nevermore! 

Then methought the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by Seraphim whose footfalls tinkled on the tufted floor.
"Wretch," I cried, "thy God hath lent thee- by these angels he hath sent thee
Respite- respite and nepenthe, from thy memories of Lenore!
Quaff, oh quaff this kind nepenthe and forget this lost Lenore!"
      Quoth the Raven, "Nevermore."  

"Prophet!" said I, "thing of evil!- prophet still, if bird or devil!-
Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted-
On this home by horror haunted- tell me truly, I implore-
Is there- is there balm in Gilead?- tell me- tell me, I implore!"
     Quoth the Raven, "Nevermore."

"Prophet!" said I, "thing of evil- prophet still, if bird or devil!
By that Heaven that bends above us- by that God we both adore-
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore-
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore."
     Quoth the Raven, "Nevermore." 

"Be that word our sign in parting, bird or fiend," I shrieked, upstarting-
"Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken!- quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!"
     Quoth the Raven, "Nevermore."

And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
     Shall be lifted- nevermore! 


 Estou fazendo certos tipos de testes nas pessoas, sinto que a humanidade não é mais como antigamente; mudanças são inadeptas, obviamente, a questão é saber quem é quem. Não se sabe onde está a verdade ou qual daqueles não é a mentira. Enfim, procurei andar mais rápido. Estou com pressa da listagem da minha agenda, quero acabar logo com isso.
Não há nada mais que eu possa fazer, Sofie cansou de produzir frases bem feitas e palavras bonitas, a necessidade de se esconder cresce e a doença aumentará cada vez mais. Acho lindo essa falta de beleza nas coisas que encontro. Mas o que posso fazer a partir de agora? Esperar? Já esperamos muito até chegar aqui. Sofie e eu estamos há dias sem dormir direito, cansamos.


Três de Novembro de 2004
Aquele rapaz nos observa lá de cima. Uma humilde homenagem a meu amigo Moreschi, que não está mais aqui conosco. Saudades não é ficar um dia ou uma semana sem falar com alguém, não é ficar um ano sem visitar aquele lugar bacana. Saudades é saber que você nunca mais verá aquela pessoa tão importante na sua vida;